sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

WALL-E

O mundo da animação passa, de vez em quando, por uma revolução. E não é apenas revolução de estilo (como sair da celulose e partir para a computação), mas da qualidade deste estilo. A última grande revolução foi causada por Walt Disney. A atual, pela Pixar. Reza a lenda que, em 1994, após terminar Toy Story, os fundadores da Pixar se reuniram para um almoço e do Brainstorm resultante surgiram projetos como Vida de Inseto, Procurando Nemo e Monstros S.A. A idéia era produzir todos, na ordem em que sugiram. Wall-e é o último desta tarde (a mais produtiva da história do cinema, sem dúvida).
A história nos mostra o futuro, mais aproximadamente o ano de 2700. A poluição na Terra chegou a níveis tão alarmantes que a população humana abandonou o planeta, se refugiando na estação Axiom, e deixando aqui pequenos robôs garis, os Wall-E. Os homens deveriam voltar em cinco anos. Após 700 anos, um único exemplar ainda está funcionando, e, ao que tudo indica, os humanos podem estar retornando, pois a robô Eve vêm da estação, fazendo o primeiro contato em séculos e virando a musa do pequeno Wall-E.
A Pixar caracteriza-se não só pela preocupação com a técnica (sempre melhorando de um filme para outro) mas, principalmente, com bons roteiros e personagens carismáticos. uma trama que fala não só de problemas ambientais como de questões como a solidão e Wall-E, que parece chegar ao máximo do Carisma, são ótimas promessas de se manter este nível Pixar de qualidade. Numa junção de Johnny 5 com os pequenos discos voadores/robôs do antigo “Milagre que veio do espaço” o Wall-E tem tudo para concorrer ao posto de mascote da Disney durante alguns anos.
E, como não gostar ainda mais de um filme que tem “Aquarela do Brasil” na sua Trilha?
Wall-E, com direção de Andrew Stanton (Procurando Nemo), tem estréia no Brasil marcada para 27 de junho de 2008.

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